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Abaixo das expectativas: Brasil tem crescimento de 1,0% no PIB

O mercado esperava alta de 1,2% entre janeiro e março, segundo o consenso Refinitiv.

Os resultados foram divulgados na última quinta-feira (2) pelo IBGE, e mostram que nesse primeiro trimestre de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 1,0% quando comparado com o quarto trimestre do ano passado. Esse avanço foi por conta do setor de serviços com a retomada das atividades presenciais no setor, mesmo assim os números ainda ficaram abaixo da projeção feita de 1,2%.

Porém, mesmo não alcançando a projeção, ele foi considerado o 3º resultado positivo para o PIB trimestral, desde a queda de 0.2% no segundo trimestre do ano passado. Mas se compararmos anualmente com o primeiro trimestre de 2021, o cenário é diferente: O crescimento alcançado foi de 1,7%, ficando levemente abaixo das expectativas de 1,8%.

Já a taxa Selic já aumentou de 2% no começo de 2021, para 12,75% ao ano, e os juros tendem a continuar subindo, acompanhando uma inflação persistente em todo o mundo.

Fonte: G1 Economia

Segundo o site UOL Economia, “O objetivo da alta no juro é tentar conter a escalada da inflação. Pressionado principalmente pelo aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, o IPCA-15 — considerado a prévia da inflação oficial do país — ficou em 1,73% em abril. Em 12 meses, atingiu a marca dos 12%.”

Produção e demanda

Analisando o mercado, a alta foi ocasionada pelo setor de serviços, que representa 70% do PIB nacional. Já o setor industrial se manteve estável, com alta de apenas 0,1%. Já no setor agro o cenário foi um pouco diferente, apresentando queda de 0,9%, sendo resultado principalmente da estiagem na região Sul.

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,7%, e os investimentos caíram 3,5%. No setor externo, as importações resultadas de bens e serviços regrediram 4,6%, e as exportações subiram 5,0%.

“Essa queda foi impactada pela diminuição na produção e importação de bens de capital, apesar de a construção ter crescido no período”, explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

De acordo com o site Agência Brasil:

PIB sob a ótica da demanda (1T22 vs. 4T21):

  • Consumo das famílias: +0,7%
  • Consumo do governo: +0,1%
  • Investimentos: -3,5%

Setor externo:

  • Importações: -4,6%
  • Exportações: +5,0%
Comparação anual

Na comparação anual, houve um crescimento do PIB em 1,7% resultado do setor de serviços, que cresceram um total de 3,7%. No setor da agropecuária e da indústria tivemos um recuo, 8,0% e 1,5% respectivamente.

A diminuição dos resultados da agropecuária pode ser justificada pela diminuição na expectativa da produção de algumas safras que são consideradas importantes no primeiro trimestre, segundo o IBGE.

Indicadores agropecuários:

Fonte: IBGE

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